Luís de Camões

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Os Lusíadas

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Os Lusíadas por Luís vás de Camões

Resumo

//Resumo da Obra aqui//

Estrutura


No que concerne à estrutura externa, isto é, a à análise formal, Os Lusíadas é uma obra constituída por dez cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes (em média são 110), as estrofes têm oito versos (oitavas) e a rima é cruzada nos seis primeiros e emparelhada nos restantes. Cada verso é decassilábico (constituído por dez sílabas métricas). Esta obra é constituída, no total, por 1102 versos.

 E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
A
B
A
B
A
B
C
C
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas, segunda estrofe do Canto I

No que diz respeito ao conteúdo, ou seja, à estrutura interna, é uma obra de influência clássica e que se divide em quatro partes. A primeira é a Proposição, que consiste na introdução e apresentação do assunto e das personagens (estrofes 1 a 3 do Canto I). A segunda é a Invocação, em que o poeta invoca as ninfas do Tejo e lhes pede inspiração para escrever (estrofes 4 e 5 do Canto I). Segue-se a Dedicatória, em que o poeta dedica a obra ao rei D. Sebastião (estrofes 6 a 18 do Canto I). Por fim, existe a Narração, ou seja, a narrativa da viagem, in media res (a meio da acção).
Além desta divisão, em termos de estrutura interna, pode considerar-se que a obra tem vários planos temáticos, todos eles interligados. Existe o plano da viagem, que diz respeito à viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia. A par deste, há também o plano da história de Portugal, em que são narrados episódios da história dos portugueses. Frequentemente, dá-se o plano da mitologia, sendo descritas influências e intervenções dos deuses e heróis da mitologia grega e romana. Em certos momentos, temos, igualmente, acesso ao plano do Poeta. Camões refere-se a si como um poeta admirador do povo e dos heróis portugueses, revelando espírito crítico ao que o envolvia na época.
Sendo assim, esta epopeia tem, por isso, vários tipos de episódios: naturalistas, bélicos, mitológicos, simbólicos, históricos e líricos.
É, portanto, uma obra complexa e muito rica, que nos surpreende em cada leitura.

Pesquisa por: Sara Brito
Mitologia


Camões, em Os Lusíadas, utiliza a mitologia pagã por vários motivos. Em primeiro lugar, a presença dos vários deuses embeleza a intriga e intensifica a glorificação dos portugueses. Além disso, asseguram a unidade da epopeia, imprimindo um encadeamento mais lógico à acção, e são a prova da grande admiração e conhecimento que Camões tinha pela Antiguidade Clássica.
Fizemos uma breve pesquisa de algumas entidades divinas presentes em Os Lusíadas:
 
Apolo - Deus do sol e da beleza. Filho de Zeus e Leto e tem uma irmã gémea, Ártemis, deusa da lua.

Bóreas - Personificação do vento do norte. Filho de um titã e de Aurora. É o mais forte dos ventos e os poetas evocam a sua violência desde Homero. A sua representação é feita através de uma homem velho, com barba e cabelos cobertos de neve, usando uma túnica flutuante.

Cupido - Deus do amor. Cupido é um nome latino que significa desejo.

Baco - Também conhecido como Dionísio, é o deus da vinha e do vinho. Filho de Zeus e de Sémele. Hera, ciumenta, tentava fazer mal a Baco, então, Zeus levou-o para um país chamado Nisa e foi criado pelas ninfas desses países. Em Tebas, introduziu as Bacanais, festas em sua honra.

Neptuno - Deus da água. Era o patrono dos barqueiros e dos pescadores.

Dóris - Filha de Oceano, mulher de Nereu e mãe das Nereides.

Gigantes - Nasceram da Terra para vingar os Titãs que Zeus tinha encarcerado no Tártaro.

Júpiter - Deus romano correspondente ao deus grego Zeus. É o deus do panteão romano. É a divindade do céu, da luz divina, do clima e do raio.

Musas - Filhas de Mnemósina e de Zeus, nove irmãs. São Cantoras Divinas e presidem ao Pensamento. Destas destacam-se Calíope (musa da poesia), Clio (musa de história) e Urânia (musa da astronomia).

Marte - Simpatiza com Roma, deus da guerra, da Primavera e da juventude. É um objecto de culto muito importante. Corresponde ao deus grego Ares e adoptou a sua mitologia.

Neptuno – Deus do mar. Irmão de Júpiter e de Plutão. 

Nereidas - Divindades marítimas, filhas de Nereu e de Dóris. Personificavam as vagas do mar.

Ninfas - Jovens divindades que vivem nos campos, bosques e águas. São os espíritos da natureza e personificam a fecundidade. São frequentemente acompanhantes de uma divindade. Vivem em grutas onde passam o tempo a cantar e a fiar.

Proteu - Possui o dom da metamorfose. Possuía também o dom da profecia e utilizava o seu dom para fugir a quem o questionava.

Tétis - É uma das nereides, a mais célebre de todas elas.

Vénus - Deusa romana correspondente com Afrodite grega (deusa do amor e da beleza). É a protectora de cidade de Roma.

Vulcano - Deus concebido com uma força devastadora. Esposo de Vénus que fabrica, a seu pedido, as armas de Eneias.

Pesquisa por: Filipe Azevedo
Influencias

//Influencias da Obra aqui//

Ilustrações

A beleza d’Os Lusíadas inspirou muitas artes: música, literatura, teatro, pintura… Aqui ficam alguns exemplos de pinturas que reapresentam alguns dos episódios mais emblemáticos de Os Lusíadas.
Concílio dos Deuses 
Canto I- Neste momento, é convocado o Concílio dos Deuses para decidir se os portugueses devem ou não conseguir alcançar o seu destino (chegar à Índia)

O Adamastor
Canto V- Quando Vasco da Gama descreve a viagem de Lisboa até Melinde, enfatiza toda a aventura marítima e reacção dos marinheiros quando confrontados com vários fenómenos, como o Adamastor.

Chegada a Calecute (Roque Gameiro)
Canto VI- Vasco da Gama e a sua armada consegue chegar a Calecute, após uma grande tempestade idealizada por Baco, que teria servido de impedimento de chegar à Índia.






Vasco da Gama e o Samorim
Canto VII- Após o desembarque da frota em Calecute, Vasco da Gama encontra-se com Samorim, chefe da região, que irá investigar os portugueses e as suas intenções, não ficando agradado com estas.

Tétis e Vasco da Gama sobem ao monte
Ilustração da edição de 1639 de Faria e Sousa
Canto IX - Depois de saírem de Calecut, Vénus prepara uma surpresa para os portugueses. Por isso, fá-los chegar à Ilha dos Amores, onde são recebidas pelas ninfas. Tétis vaticina a Vasco da Gama as glórias futuras do povo português.

Chegada da frota do Vasco da Gama a Lisboa (Lisboa, século XVI)
Canto X- Os portugueses embarcam e chegam a Lisboa sem qualquer outro contratempo. Neste canto, Camões refere ao naufrágio em que salvou Os Lusíadas a nado.

Mapa dos Lusiadas



Obras Relacionadas

//Ilustrações da Obra aqui//

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